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Quarta Colônia Italiana do RS

domingo, 5 de outubro de 2008

Ruínas do moinho e o casarão dos Roratto

Ruínas do velho moinho ainda permanecem no meio da mata e o velho casarão dos Roratto ainda resiste teimosamente ao tempo, em Ribeirão.

Férias de 2007. Partimos para uma viajem. Parte desta viagem foi a busca de nossas origens. Em Ribeirão, uma localidade de descendentes italianos, em São João do Polesine, Quarta Colônia Italiana-RS, encontramos o Casarão dos Rorato e as ruínas de um velho moinho que pertenceu à família. Para chegar ao local, deixamos a estrada asfaltada, a poucos quilômetros antes de chegar à cidade, para quem vem de Vale Veneto, e seguindo poucos metros de chão arenoso, atravessamos uma pequena ponte. Logo à esquerda nos embrenhamos no mato para encontrar as ruínas de um velho moinho que ali existia construído por imigrantes da família Rorato – os irmãos Isaco e Giovanni Battista.
A construção foi levantada com pedras da região unidas com argila retirada do local. O acabamento era com areia e cal. Ainda há vestígios nas paredes.
O moinho pertencia a Isaco e Giovanni. Segundo informações de moradores antigos, o primeiro residia com a família numa casa próxima ao m
 oinho e o segundo, num casarão poucos metros acima.
Tempo mais tarde por decisão conjunta a sociedade foi desfeita e cada um foi para seu lado.



Para chegar ao local do moinho, tivemos a companhia de Celestino Dotto e de um primo seu. Ambos iam à frente, com um facão e abriam uma picada na mata para os que vinham atrás; eu, minha esposa Neusa, meus filhos Otávio Augusto e Gustavo Henrique, mais minha irmã Veronice. Nos movimentávamos com muita atenção, evitando aranhões com espinhos das unhas de gato, e de ferroadas e picadas de animais.
Após percorrer mais ou menos cem metros na mata, lá encontramos o que desejávamos. Vestígios e ruínas do velho moinho. Moinho que transformava os grão produzido pelos imigrantes e seus familiares em farinha que na cozinha era transformada em principalmente o fabrico da polenta, um dos principais alimentos das famílias, e
que dava sustentação ao braço forte, para executar as atividades de trabalho.
Restos de paredes do moinho sobrevivem teimosamente ao tempo, mesmo prejudicadas pelas intempéries, pela umidade do local, pela vegetação que se hospeda nas paredes e plantas que se desenvolvem, sombreiam e com suas raízes levantam as muradas que ainda resistem.
Logo acima o casarão do irmão, que vemos na foto acima. Este ainda resiste ao tempo, a mais ou menos um século, mesmo sem a conservação devida. Hoje a propriedade pertence à família Dotto, e o velho casarão serve de depósito e paiol. Lá ainda se encontram as pipas que o imigrante Giovani Battista fazia se vinho, conservado pela família. Alguns detalhes de construção como a estrutura do telhado, as paredes, as aberturas, a escadaria interna que liga ao andar posterior, em fim podem ainda serem vistos.

Um dos moradores do local, o velho, sábio e experiente Luís Pedro Dotto, com seus 94 anos de idade, de memória fantástica apesar da idade, nos prestou importantes informações sobre o moinho e o casarão dos Rorato.
(Fotos Arquivo Pessoal: acima foto ruínas do moinho e mais abaixo foto do moinho e do casarão.)


Mais imagens fotográficas: Ruínas do moinho



Mais imagens do antigo casarão:


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